terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Desabafo de um solitário. 

      
     
     Mais uma noite cai e eu estou aqui mais uma vez no meu quarto,um mundo esquecido,porem meu.
     Esquecido ao ponto de não ter com quem dividir essas palavras que ao se juntarem formam verdades que nos fazem lembrar de coisas ou fatos que marcaram muito nossa vida, vida a qual muitas vezes mal vividas, talvez por falta de um alguém ou até mesmo pelo fato de não termos coragem de assumir um amor...
     O sono bate, as palavras somem, os olhos pesam... mas de uma coisa ainda tenho plena consciência, de que no dia seguinte será da mesma maneira como foi o ontem...
    Será que minha vida só se resume a isso?
    Será que um dia, seja perto, seja lonje, poderei ou deixarão eu viver minha vida da maneira que me for mais suficiente para me sentir realmente feliz?
    Trago comigo a seguinte frase: "Felicidade não existe, o que existe são bons momentos partilhados com pessoas especiais que nos fazem sentir bem e que não duram muito tempo!"
Infelizmente, felicidade não é para todos, pois nem todos vivem da maneira que gostaria de viver para poder se sentir feliz.
    Tudo no mundo depende de uma segunda pessoa para tentarmos sermos felizes, apesar de que a felicidade tem que estar dentro de nós mesmos e não nas pessoas, pois as pessoas apenas nos completam!

A vida ensinou - me...

 


         A vida ensinou-me a não voar com as expectativas, ou simplesmente coloca-las num plano demasiado elevado para a capacidade humana. As assas são apenas uma metáfora que nos liberta do mundo real, não voam realmente. Todos tempos um mundo onde abunda a serenidade e se barra a realidade. Eu criei o meu e nele sou composto de palavras.
      Torna-se fácil julgar o que não conhecemos mediante uma impressão criada. Mais difícil será julgar alguém que conhecemos e temos plena consciência que daríamos um pedaço ou quem sabe toda a nossa vida. No nosso mundo somos apenas nós sem as mascaras que a sociedade nos impinge. Na realidade somos o produto desse mesmo mundo. A vida ensinou-me que quando mostramos ser nós próprios, a rejeição aumenta, pelo simples facto de lidar-mos com uma máscara. A vida ensinou-me que a colectânea de inimigos é como uma estrada rochosa que nos impede de atingir a meta, mas nos incita a tentar.
       A vida ensinou-me que o parecer ser prevalece sobre o ser realmente. A vida ensinou-me que o belo é feio, porque é somente aparência. O verdadeiro belo reside no feio que a nossa aparência não mostra. O produto mais feio guarda no seu interior a mais bela das jóias, mas nunca a consegue mostrar do modo mais conveniente. Torna-se difícil entrar no meu mundo. O acesso estreita à medida que outros mundos corrompem a verdadeira essência do meu. Cada cabeça seu mundo, e no meu já passaram várias cabeças, cabeças essas que hoje me obrigam a não conhecer a cara.
       Seria invejoso dizer que existe apenas um mundo nesta imensidão de cabeças. O único mundo global é onde nos encontramos diariamente e onde tentamos da melhor forma dar a conhecer o nosso mundo. No meu caso, gosto de o manter distante do sofrimento da entrada e saída constante de cabeças. Odeio e a vida ensinou-me que são superiores às chegadas. Há quem tenha tudo para ser grande, mas prefira viver no pequeno que tem e no pequeno que vai mostrando ao mundo. O meu mundo. O mundo de todos. A vida ensinou-me…